Toc, Toc

"Toc, Toc."
- Quem bate?
"Sou eu."
- Ah… é você novamente…. Já não te disse que não venha mais?
"Sim"
- Então porque está parado em minha porta?
"Me deixe entrar."

- Não! Já lhe disse que não é bem vindo!
"Não me importo."
- Por favor, eu lhe imploro, vá embora!
"Pare com essa asneira. Ande logo, abra."

- Não vou abrir!
"Está bem, eu entro assim mesmo."
- Porque faz isso comigo? Porque sente prazer em meu sofrimento?

"Vamos ao que interessa.
Você já limpou a casa?
Olhe, está toda suja, limpe de novo!"

- Eu não vou te obedecer desta vez.
"Ah vai sim, e sabe por quê?"
- Não me venha com suas chantagens!
"Limpe, ou seu irmão cai duro!"

- Eu sei que você não tem esta capacidade.
"Hmm, mas será?"
- Por favor, não...
"Vai querer testar o acaso?"

- Tudo bem, você venceu, vou arrumar..
"Faça direito!"
- Mas está direito!
"O tapete não está no lugar. Olhe que quebro a costela de sua mãe também…"

- Não, ele está no lugar! Olhe!
"Arrume de novo. Agora!"
- Está bem. E agora?
"De novo…"

- Agora está bom…?
"Não! Mais uma vez, vamos, obedeça."
- Eu tenho escolha?
"Continue!"

A casa foi limpa 2 vezes, as colchas estendidas 4, a porta trancada e destrancada em sequências de 3, os sapatos calçados ao menos 5 e a mão elevada aos cabelos o dia todo…