A inspiradora marcha de Caio Bonfim
Hoje recebemos o medalhista olímpico Caio Bonfim na minha igreja, a IBNU.
Caio tem uma história muito inspiradora! Ainda na infância, teve meningite, apendicite, e engoliu uma moeda! Como se não fosse pouco, sofreu de uma sindrome que fez com que suas pernas arqueassem assim que começou a andar. Fez uma cirurgia e ficou com gesso por dois meses. Mas o médico que o operou deixou claro que poderiam ser necessárias novas cirurgias para “endireitar” as pernas novamente à medida que ele fosse crescendo, até que houvesse uma maturidade/estabilidade óssea.
O marchador relatou que o melhor prognóstico na época é que ele se tornasse um “jogador de dominó”, no máximo. Mas esse não seria seu destino. Anos depois, em 2024, Caio Bonfim se torna o primeiro brasileiro a levar uma medalha olímpica de prata para casa! (Alias, a entrevista dada à CazéTV logo após a vitória é muito emocionante! Você pode assiti-lá aqui.)
O prontuário de Caio foi guardado por 13 anos, caso fosse necessário realizar uma nova operação, mas isso nunca aconteceu. O próprio médico que o operou se espantou ao vê-lo tempos depois e receber a notícia de que seu ex-paciente não só estava muito bem, mas também, era agora um atleta marchador. Caio é um milagre. E é muito bonito ver como este atleta, também cristão, identifica a ação de Deus em cada passo do seu caminho, dizendo que o objetivo é “que através do esporte, as pessoas enxerguem Deus em nosso trabalho”.
Mesmo nas derrotas; nas injustiças e hostilidades sofridas; na pressão dos olhares da arbitragem; até na perda de contratos financeiramente interessantes, mas ideologicamente conflitantes… Caio entende que os planos de Deus são muito mais importantes que os de Caio Bonfim, mesmo quando isso significa perdas momentâneas. E fecha dizendo: “minha oração sempre foi: Deus, seja feita a sua vontade”.
Por fim, um dos trechos mais emocionantes da fala de Caio na IBNU foi sua colocação no sentido de que a medalha não é apenas dele, mas de um time, uma comunidade, uma nação. (Aliás, é muito interessante como ele constantemente usou “nós” e não “eu” ao falar de sua vida de treinos e da própria competição.) Caio relatou que foi xingado e hostilizado diversas vezes na rua pelo movimento da marcha atlética. Mas ao mesmo tempo, era elogiado e amado pela família e igreja. Na época que ainda não tinha visibilidade na mídia, sua comunidade já comemorava cada vitória e o impulsionava adiante. Ele reconhece que não teria alcançado a medalha sem essa núvem de amigos que “marcharam” junto com ele, dizendo: “Ninguém chega a lugar algum sozinho.”
Caso você tenha interesse de ver um pequeno recorte da conversa com Caio Bonfim, vou deixar aqui um breve registro:
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